UM ATLAS COM CAMINHOS PARA QUE O MUNDO NÃO SE FECHE constitui-se como projeto de Arte e Sociedade, apoiado pela Direção‐Geral das Artes e dirigido por Madalena Folgado. Com raízes em São Miguel de Acha, a artista propôs-se a investigar o ABERTO como queda fora do tempo, voltando às leituras de Maria Gabriela Llansol, pelas co-incidências da Vida – naquilo que denominou como a (est)ÉTICA de cair juntos. Em 2023, Madalena Folgado reconheceu no filme O Rei das Rosas (1986), de Werner Schroeter, uma canção da infância – as Alvíssaras – entoadas pela avó e outras mulheres da aldeia de São Miguel de Acha, no Sábado de Aleluia. Dar as alvíssaras é dar a boa nova – restituir o perdido – e assim se abre o ABERTO.

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“Aleluia já é festa!” – cantam as mulheres, ao som dos adufes – o mesmo batimento ressonante de 28 séculos atrás, gravado num baixo-relevo assírio no Museu do Pérgamo, Berlim, reencontrado pela artista em 2021. O ATLAS traçou caminhos para essa dimensão có(s)mica das imagens, formando uma Comunidade figura, um Corpo de Afetos onde temporalidades se encontram, incluindo a comunidade local.

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Na Residência Curatorial da BACM, Laura Garcia e Rafael dos Santos cruzam esse mesmo ATLAS em plena Primavera, escutaram os seus sinais, que devolveram em fulgor imagético. São CAMINHOS – enquanto alter‐nativos – do Corpo de Imagens, convidando a que o mundo permaneça aberto. O projeto culminou numa instalação de vídeo e livro(s) de artista(s), montados em três locais da aldeia – Casa da Cultura, Salão da Junta de Freguesia e ADEPAC, com a participação das Adufeiras do Grupo de Cantares Tradicionais de São Miguel de Acha.